Fórum Dos Leitores

19 Feb 2018 10:19
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Em causa da inércia e da incapacidade de nossas autoridades em fiscalizar o transporte de passageiros no País, mais um barco afundou no Rio Xingu este ano no Pará - e outro naufrágio aconteceu esta semana, em Salvador. Dezenas de pessoas faleceram e outras tantas estão desaparecidas. No Pará, segundo o Comando do quatro.º Distrito Naval da Marinha, aconteceram no ano anterior vinte e dois naufrágios naquela localidade. is?hUNvRCY1k5Yoljr-qdRb427G-TH7ej2WhH3wtK6UQz8&height=229 Em 2017, até nesta ocasião, foram sete acidentes. Esse trecho do Xingu onde houve o naufrágio desta semana é conhecido por fortes correntezas, e a profundidade do rio ali é de trinta metros. Vejam, prezados leitores, 22 naufrágios em 2016, 7 esse ano, e nada - absolutamente nada - parece que foi feito para impedir que este maldito transporte clandestino mantenha.Será que só com a morte de algum figurão da política nacional alguém tomará providências? O professor Modesto Carvalhosa, no artigo O poder é do eleitor, e não do eleito (23/oito, A2), faz necessária e abalizada crítica à reforma política em conversa no Congresso. Realmente, em uma genuína democracia é inaceitável que o regime de representação seja alterado pelos representantes em favor próprio e absoluto detrimento do representado. E, pior, sem que o titular da soberania, o povo, seja antes consultado. is?wENyQf8aQNdArWdZVaoAQyqfs64ZLqJVZsfCeVp6-tE&height=240 Pela aflitiva crise econômica que o país vive, após tantos escândalos de corrupção que vieram a lume, chega a estupefazer a insensibilidade do mundo político.Entretanto esta é só uma primeira reação. Modesto Carvalhosa propõe uma charada tão oportuna quanto desafiadora: o sistema de votação, parâmetro da democracia, precisa ser decidido por quem vota ou por quem é votado? Quando o artigo quatrorze da Constituição se menciona à soberania popular a ser exercida, entre outros meios, pelo voto e pelo plebiscito, eu acho de que cuida de um poder indelegável, que não podes ser exercido por representantes. Se pra mudança do regime presidencialista e introdução do parlamentarismo foram necessários 2 plebiscitos, parece robusto o precedente de que as alterações substanciais do modelo político não podem ser feitas sem o exercício direto da soberania popular.Mais sério: o postagem de Carvalhosa leva a uma reflexão a respeito do combate entre representantes e representados. Deputados e senadores, por motivos óbvios, estão interessados em se reelegerem e, para esta finalidade, em desenharem o padrão político que facilite esse intuito. A população, asfixiada, quer renovação. Na solução deste evidente combate de interesses, o procurador não poderá votar pelo representado. Lula da Silva, em caravana pelo Nordeste, chegou às Alagoas e foi recebido festivamente por Renan Calheiros, com quem trocou desvairados elogios. Lula parece vir pela esquerda, meio trôpego, sempre que Renan oferece a impressão de que vem cambaleando pela direita.Entretanto, em vez de se encontrarem e se abraçarem como velhos amigos no centro, vagam em uma zona contaminada pelas piores intenções, munidos unicamente de interesses torpes. Quem viu essa tristonho cena viu também um modelo cristalino do pior tipo de política que se pode fazer no Brasil. Outra vez a politicagem brasileira apresenta não ter limites pra baixeza. O senador peemedebista Renan Calheiros, em clara manobra oportunista, rasteira e despudorada, visando à sua reeleição em 2018, sobe no palanque junto a Lula, desfia elogios ao ex-presidente e critica o atual governo, de quem era aliado.Renan e Lula têm duas coisas fundamentais em comum: ambos são réus na Lava Jato por muitos crimes e ambos têm avidez desenfreada pelo poder. Fazem perfeitamente jus à máxima de que os fins justificam os meios. Tomara que o eleitor mais atento perceba o absurdo que a confraria entre Lula e Renan podes querer dizer. Tendo em visão o passado recente destes senhores, o mínimo que poderiam fazer seria se sentirem envergonhados.A Justiça Eleitoral está fazendo visão grossa permitindo que a caravana de Lula prossiga em campanha antecipada, quando sabemos que a lei proíbe essa prática. Não se compreende por que os tribunais, com exceção de Curitiba, em tão alto grau protegem o petista. Não sei por que os congressistas cismam de cafetinar o país. 10 "Colômbia" 2014 Coloque um peso sobre o sisal agora colado Para ele perder susto do ruído, por vezes pôr a música alta e fazer um pouco de estrondo Rinoceronte Zé Carlitos comentou Não passeie sob sol ou no tempo em que o chão estiver quente Uma tattoo pode falar muitoSerá que não conseguem economizar algo cerca de 20 por cento do que ganham, pra autofinanciar tuas campanhas? E as propinas que recebem? Deste jeito acho totalmente sem necessidade que tanto empresas como o governo deem cada tipo de verba pra esses parasitas e cafetões da pátria. O ministro Gilmar Mendes diz que é preciso procurar recursos pra financiar as eleições. As mordomias políticas são absurdamente surreais neste nação, e o claro e honesto seria diminuir todo e cada privilégio, oferecer um salário médio nacional e quem quiser concorrer que use recursos próprios, que só concorre quem quer. Ninguém é grato a ser político. Se você quer iniciar uma empresa, você se vira para parelhar recursos; se você quer ser político, se vire pra bancar tua eleição.Creio que é um passo inicial para termos políticos bem intencionados, honestos e que honrem o Brasil e não nos envergonhe perante o universo, como acontece atualmente. Nem sequer irei mencionar a roubalheira descarada, pois que isto não tem nomenclatura publicável. Rodrigo Maia e Gilmar Mendes defendem a volta da doação empresarial nas eleições.

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